terça-feira, 28 de agosto de 2012

arara-vermelha (Ara chloropterus) é uma ave de grande porte, com cores exuberantes e cauda longa. Esta bela espécie pertence à família dos psitacídeos, possui como característica fazer muito barulho, com seus gritos estridentes que podem ser ouvidos a grande distância. De fácil convívio, a arara-vermelha, tem facilidade para imitar a voz dos seres humanos.
Além de sua cor vermelha característica, a arara-vermelha possui outras cores, o que torna esta ave bem colorida. Suas asas são azuis com uma faixa verde e a plumagem vermelha se destaca na região da cabeça, pescoço e cauda. Seu bico é encurvado, com a mandíbula superior recurvada sobre a inferior. Esta forma de bico é uma adaptação à alimentação que é à base de sementes e frutos em geral.  Os machos possuem o bico mais comprido e estreito.
São aves dóceis que medem de 73 a 95 cm de comprimento, e pesa até 1,5 kg. As fêmeas geralmente são menores. Apesar de serem aves com excelentes vôos, preferem fazer “acrobacias” e trepar em galhos. Se locomove muito bem entre os ramos das árvores, devido ao formato das patas e do bico em forma de gancho.
A distribuição geográfica da Arara-vemelha ocorre no Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai. No Brasil, é encontrada na Amazônia e em rios costeiros margeados por florestas no leste do País. Os ninhos das araras são construídos em ocos cavados no alto das árvores e também possuem como hábito abrigar seus ovos em buracos em paredões rochosos. A fêmea põe de dois a três ovos e a incubação dura em torno de 28 dias.
Uma característica interessante das Araras-vermelhas é que elas são monogâmicas, ou seja, quando forma um casal, esta união é por toda a vida. Além disto, são aves que chegam a viver 60 anos. Vivem em bandos que podem, ocasionalmente, misturar-se ao bando de outras araras e o período reprodutivo ocorre entre os meses de inverno e primavera.
Infelizmente, com o índice de devastação das florestas crescendo de forma absurda, e a retirada destas aves de seu habitat natural para tráfico e comércio ilegal, representa uma ameaça a sobrevivência desta espécie.

beija-flor é uma ave que só existe no continente americano (são aproximadamente 320 espécies) e pode ser encontrado desde a Terra do Fogo até o Alaska. A maioria das espécies está na América do sul e a metade delas se encontra no Brasil. São pássaros que impressionam pelo seu colorido muito variado que muda de acordo com o ângulo do qual são observados. O bico desta ave é bem longo (para retirar néctar das flores) e sua visão é bastante acurada, sendo capaz de detectar cores no espectro ultravioleta.
Estas aves são normalmente pequenas, seu peso oscila entre 2 a 6 gramas e o tamanho varia de 6 a 12 cm de comprimento, aliás, o menor pássaro do mundo é justamente um beija flor, chamado beija-flor zumbidor (Mellisuga helenae). Este pássaro pesa apenas duas gramas e suas medidas são: 58 mm de comprimento e 28 mm de envergadura. Existem beija-flores bem maiores, embora sejam raros, como o beija-flor gigante, encontrado na América do Sul, que pode chegar a medir 20 cm de comprimento.
O beija-flor possui um par de asas com formato bem peculiar. As asas, aliadas aos fortes músculos (responsáveis por um quarto do peso total da ave) que as movem, fazem deste animal uma ave com impressionante capacidade de vôo, é a única ave capaz de voar para trás e de fazer malabarismos que seriam impossíveis para outras espécies de pássaros. O batimento das asas pode chegar a 90 vezes por minuto dependendo da espécie.
A alimentação do beija-flor é constituída de néctar (esta ave visita cerca de 1.500 flores ao dia e, assim, ela também é um agente polinizador), encontrado em diversos tipos de flores e de proteína retirada de insetos que esta ave caça. Este é um animal muito comilão, pra manter suas asas batendo tão rapidamente, o consumo de energia tem de ser muito grande. Para termos idéia do total de comida que o beija-flor precisa diariamente podemos citar o seguinte exemplo: um homem de 75 kg que comesse na mesma proporção, deveria ingerir algo perto de 150 kg de batata ao dia. O coração desta ave bate 480 vezes por minuto quando em repouso e inacreditáveis 1.260 vezes por minuto quando voa.
O beija-flor é um animal monogâmico. A fêmea é quem constrói o ninho, choca os ovos, protege e alimenta os filhotes que nascem cegos e sem penas. A mãe, utilizando seu longo bico, alimenta os filhotes introduzindo néctar em suas gargantas. Depois de 4 dias os filhotes abrem os olhos e, após um período de 4 semanas, já começam a voar.
tucano  é uma ave da Família Ramphastos. É muito conhecido por seu enorme bico (chega aos 20 cm). É uma ave muito bonita que causa admiração aos olhos de quem o vê. Diferente do que se acha, o bico do tucano não é pesado, pois é feito de tecido ósseo esponjoso, portanto não atrapalha o equilíbrio de seu corpo. Para dormir, o tucano leva a cauda até a cabeça e oculta o bico.
O tucano mede cerca de 65 cm, fora o bico. Existem 40 espécies catalogadas de tucano sendo as diferenças entre elas bem pequenas, somente na cor do bico, das penas e no tamanho. Quanto ao peso, o tucano chega a 520 gr.

Foto: Nuno Barreto
O tucano vive nas florestas tropicais da América do sul (principalmente Amazônia) e também nas proximidades da Argentina. Não se encontram tucanos em outros continentes. Aliás, os tucanos não suportam o frio.
Os tucanos se alimentam de frutos que encontram na natureza e quando estão com muita fome comem até insetos  e filhotes de outras aves. O bico do tucano ajuda na alimentação, já que facilita a quebra de cascas de frutos mais rígidos e ajuda na mastigação de alimentos.
Na época da reprodução, a fêmea bota cerca de quatro ovos e a incubação demora cerca de 20 dias, período no qual o macho alimenta a fêmea, que fica chocando os ovos. Os ninhos são construídos em árvores. Os filhotes vivem nos ninhos até crescerem um pouco, quando começam a voar. Tucanos não são animais migratórios. Podem viver cerca de 40 anos.
As principais espécies de tucano são:
- Tucanuçu: mede 56 cm, que é o mais comum, tem o bico laranja.
- Tucano-de-bico-preto: Mede 46 cm, tem peito amarelo e branco.
- Tucano-de-papo-branco: mede 55 cm, apresenta as cores vermelha, amarela, e preto no bico.
- Tucano-de-bico-verde: mede 48 cm, e tem peito amarelo.
Em cativeiro, os tucanos se recusam a comer, pois perdem o ânimo e a vontade de viver, lugar onde ficam extremamente infelizes. Por esse motivo, não se deve tentar comprar animais exóticos como o tucano para criação.
O tucano vem sendo ameaçado de extinção, pois é muito procurado no mercado negro de animais exóticos. Na captura, os contrabandistas levam os ovos e animais adultos, sendo que a grande maioria morre (e os ovos são quebrados) devido às condições de transporte. Esse contrabando e ilegal, porém muito freqüente no país todo.
bem-te-vi é considerado o mais popular dos pássaros da América latina, podendo ser encontrado desde o sul mexicano até a Argentina, além do sul do Texas (EUA). Do auge de seus 22,5 cm, o bem-te-vi é conhecido por seu canto, cujo som trissilábico se assemelha ao próprio nome, e sua plumagem parda no dorso, amarela na barriga, uma listra branca no topo da cabeça e outra na garganta, além de uma cauda de penas negras. Possui um longo bico negro, achatado, resistente e um pouco encurvado.
Bem-te-vi
Bem-te-vi
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
  Família: Tyrannidae
  Gênero: Pitangus
Espécie
: P. sulphuratus
Ave de característica monogâmica, o bem-te-vi assume um aspecto migratório em algumas regiões, e pode ser visto tanto sozinho como em bando. O bem-te-vi tem a capacidade de alcançar uma densidade populacional entre 8 e 10 pares por hectare.
O bem-te-vi é a adaptação personificada, já que consegue viver na cidade tão bem quanto no campo. Seu ninho, que na natureza é feito basicamente de capim e pequenas ramas, é encontrado nas cidades feito a partir de restos de papel, plástico e fios. A fêmea, também chamada de siririca, pode colocar de 2 a 4 ovos durante o período reprodutivo, que se extende de julho a novembro. O ninho fica normalmente em local visível, como árvores cerradas e altas, assim como nas cavidades dos geradores de postes.
É comum encontrá-lo em matas, margens de rios, florestas, pastagens, praias e cidades, adaptando-se facilmente ao habitat. Essa adaptação se reflete também na alimentação que, apesar de ser insetívora, é bastante variada, como frutas e flores, minhocas, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, peixes e girinos de lagos e rios rasos, carrapatos de bovinos e eqüinos, além de “petiscar” ovos de outros pássaros. Sua vocação em descobrir novas formas de alimento permite que cheguem a se alimentar da ração de animais domésticos, como cães e gatos. Possui grande agilidade, o que lhe permite capturar insetos em pleno voo, apesar de ser mais comum agir sobre os que estão pousados em ramos.
Apesar de sua fragilidade aparente, o bem-te-vi não se intimida e ameaça vigorosamente outros pássaros maiores, como o gavião e o urubu, e até mesmo outros animais para defender seu território.
O bem-te-vi possui uma grande importância na dispersão de sementes em áreas de cerrado, além de ajudar no controle de pragas de insetos, graças ao seu hábito alimentar generalista. Todavia, ele também pode atrapalhar o homem do campo, como no caso da apicultura, por exemplo, uma vez que é um grande predador de abelhas.
Facilmente encontrado em fios telefônicos, telhados ou banhando-se em poças e chafarizes, o bem-te-vi é um dos primeiros pássaros a vocalizarem ao amanhecer.
                           Periquito

                                  Periquito


Originários da Austrália, os Periquitos (Melopsittacus undulatus) são aves da família Psittacidae.  Facilmente encontrados no interior da Austrália, os periquitos, em seu ambiente natural, são verde claro. A imensa variedade de cores de periquitos resulta de mutações ocorridas em cativeiro.
Periquito
Periquito
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
  Família: Psittacidae
A criação dessas aves em grande escala teve inicio em 1850, na Antuérpia. Devido à demanda por periquitos ser superior a capacidade de produção, milhares de aves selvagens passaram a ser capturadas e importadas diretamente da Austrália. Temendo a dizimação da espécie, em 1894 o governo da Austrália embargou a exportação de periquitos. O embargo ainda está em vigor. Com a criação em cativeiro e as consequentes mutações, surgiram milhares de variedades de cores de periquitos, sendo que a primeira mutação foi registrada em 1870, na Bélgica. (ANSANTE, 2010)
Os periquitos não ultrapassam os 16 cm de comprimento. O sexo dos periquitos pode ser identificado pela cor da narina (carúncula). Os machos apresentam, via de regra, a narina azul ou lilás, sendo mais comuns os de cor azul. Já as fêmeas apresentam a narina marrom ou branca, sendo mais comuns as de cor marrom.
Sementes, verduras e frutas são à base da alimentação dos periquitos. As principais sementes oferecidas aos periquitos em cativeiro são: alpiste, aveia e painço. Verduras de cor verde escura (chicória, almeirão, etc.) e frutas como banana, maça e laranja também fazem parte do cardápio dos periquitos. No entanto, é necessário cuidado, pois algumas frutas podem fazer mal a essas aves, como o abacate, por exemplo, que pode levar o periquito à morte. O milho verde, ainda na espiga, e cru, é o alimento preferido dos periquitos. Em criadouros, é essencial que os periquitos tenham água sempre à disposição, assim como devem ser oferecidos complementos especiais para as aves, como farinhadas (mistura de nutrientes e vitaminas) e o Grit (areia).  (ANSANTE, 2010)
Na natureza, os periquitos vivem em bandos, o que possibilita a criação dessas aves em viveiros comunitários. São extremamente brincalhões, adoram tomar banho, sobretudo no verão. Os periquitos podem viver cerca de 10 anos.
                              João-de-Barro

           
                  



João-de-barro (Furnarius rufus), também conhecido como forneiro, é um pássaro pertencente à ordem dos Passariformes e à família Furnaridae. Seu tamanho é um pouco menor do que o do sabiá, ele se alimenta de larvas, insetos, pequenos moluscos e sementes. Na parte superior do corpo ele possui cor de ferrugem acanelada, na parte inferior, tem coloração marrom clara e sua cauda tem uma tonalidade avermelhada. É uma ave conhecida por não ser tímida, pois se aproxima do homem sem medo e canta como se soubesse que está sendo observada e admirada.



Trata-se de uma ave habilidosa que constrói seu ninho, feito de barro e semelhante a um forno, no alto de postes, nos troncos de árvores e até mesmo nos paus dos currais. O ninho tem aproximadamente 30 cm de diâmetro, sua parede tem 5 cm de espessura e normalmente é construído de barro misturado a esterco, palha e pequenos galhos. A construção do ninho é feita pelo macho e pela fêmea, amassando pedaços de barro com as patas e o bico, e tem um formato arredondado que é dividido em dois lugares: a entrada, que permite ao pássaro entrar sem ter de se abaixar e, depois de uma espécie de divisória, o interior do ninho. O processo de construção da “casa” do joão-de-barro dura, em média, 18 dias.
Curiosamente o joão-de-barro não utiliza o mesmo ninho por duas estações seguidas, ele faz um tipo de rodízio entre alguns ninhos e, na falta de um lugar adequado para construir um novo ninho, esta ave faz novas construções em cima ou ao lado dos antigos ninhos.
Esta ave pode ser encontrada na Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia. Seu habitat são campos sem vegetação muito alta, parques, fazendas e até em grandes centros urbanos, onde pode fazer seu ninho em lugares pouco comuns como, por exemplo, o encontro da parede com a lateral de uma janela ou sobre a proteção das lâmpadas da iluminação pública.




O casal de joão-de-barro canta junto e emite um grito bem forte. Seu canto tem uma seqüência rítmica que lembra um canto festivo, este canto é emitido de forma crescente e decrescente.
A fêmea deste pássaro põe de 3 a 4 ovos brancos a cada 4 meses. O processo de incubação dura de 14 a 18 dias. Os filhotes são alimentados durante um período que oscila entre 23 e 26 dias, depois disso, já estão prontos para voar e partir.

                      Pagaio Verdadeiro


papagaio verdadeiro (Amazona aestiva) é um pássaro que vive nas florestas Amazônicas e tem a coloração verde na maioria de suas penas, o topo da cabeça e o contorno dos olhos são amarelos, o bico é preto e a testa azul. Alguns podem apresentar uma coloração amarelada.
Esse pássaro vive nas florestas tropicais brasileiras (Amazônia) e também na Argentina e Bolívia. Em seu habitat, o papagaio verdadeiro faz ninho no topo das árvores ou em troncos velhos.


O papagaio verdadeiro alcança os 85 cm de comprimento e quando adulto pode pesar 400 g. O papagaio é conhecido por sua capacidade de imitar palavras que ele decora. Graças a seu curioso dom, é muito procurado no comércio ilegal. Essa espécie voa em bandos juntamente com araras, sendo que estes bandos chegam a ter centenas de indivíduos.
Esses papagaios têm uma alimentação variada, tendo como principais alimentos polpa de frutas e sementes. Suas frutas preferidas são: manga, mamão, jabuticaba, laranja e goiaba. Estas aves alimentam-se também de folhas, usam seu bico para quebrar a casca das nozes e de outros alimentos.
Na época reprodutiva (que se inicia entre o terceiro e quarto anos de idade) o macho e a fêmea saem do bando para o acasalamento. Após abandonar o bando, o macho corteja a fêmea e a alimenta. A fêmea bota de 3 a 5 ovos e o período de incubação varia entre 25 e 30 dias. Nesse período o macho protege o ninho de intrusos, pois a fêmea não gosta de ser incomodada.
Esta ave costuma ter somente uma parceira(o) durante a vida toda, fato que pode prejudicar a reprodução já que, se seu parceiro(a) for capturado(a), o papagaio não volta a reproduzir. Os principais predadores dos filhotes dos papagaios são o homem e pássaros de outras espécies que se alimentam de filhotes e ovos de pássaros. Em cativeiro, nos zoológicos e no IBAMA, para se tentar a reprodução, escolhe-se um casal que é separado do restante e, somente se o macho aceitar a fêmea, ocorre o acasalamento.



As pessoas capturam os filhotes ainda no ninho e levam-nos para o mercado negro. Muitos morrem na viagem por não ter uma alimentação adequada e nem um ambiente propício à vida. Estima-se que são tirados da natureza cerca de 4.000 papagaios ao ano para o comércio ilegal sendo que menos da metade deles sobrevive.
Os papagaios vivem cerca de 80 anos.